quarta-feira, 9 de abril de 2008

VI Torneio Cidade de Espinho




Resultados

7 comentários:

Anónimo disse...

Bom dia,

O torneio em Espinho foi uma desilusão a vários níveis:

1º: a qualidade técnica dos atletas deixa muito a desejar!!! (como é possível miúdos a competir sem fazerem uma única viragem de acordo c/ a regras(para não falar das entradas na àgua)??? - bem sei que as condições do clube são precárias, mas isso não justifica, na minha opinião, que os miúdos não saibam fazer o básico, que não é, obviamente, nadar rápido!!!;
2º. As desclassificações foram o resultado do que acabei de referir atrás, mas também, mais uma vez na minha opinião, de uma má preparação relativamente ao torneio;
3º. Como é possível atletas a espreitar pelo ombro a performance do adversário, não controlando o espaço que falta até à viragem, a lentidão enervante de alguns atletas que mais parecia estarem a nadar na piscina lá de casa?
4º. Quando algo corre mal é no seio da equipa que os problemas se resolvem e não num artigo de jornal escrito obviamente a quente!!!

Para finalizar e como adepto da boa natação creio que seria melhor explicar (não num vídeo colocado mum blog que eles talvez até nunca acedam, mas dentro da água a dar o exemplo) aos miúdos que é nas viragens, saídas e cumprimento rigoroso das regras que se ganham segundos e não nas cabeças no ar a espreitar o adversário, viragens fora de tempo e malfeitas e sprints loucos nos últimos 15 metros!!!
Quem não cumprir com a técnica não deveria ter oportunidade de participar em torneios, porque "depressa e bem não há quem" já diziam os antigos

Não entenda este meu comentário como uma crítica pessoal, mas sim, porque com esa intenção foi escrito, uma palavra de apoio e alerta de um treinador de bancada que assistiu e assiste a muitas horas de treino.

Cumprimentos,
A. Correia

p.s.1 uma palavra de apoio aos miúdos(2 ou 3)que nadaram ferozmente e de forma concentrada, aposte neles e exiga-lhes o que já lhe exigiram e vai ver que serão, eles sim, um exemplo para todos nós.

p.s.2 assistir ao torneio interpiscinas foi delicioso - miúdos c/ regras bem definidas e bem cumpridas, porque daí sai a mais poderosa braçada, a da qualidade!!!

Viva a NATAÇÂO!!

André Bastos disse...

Não podia deixar de responder ao comentário que aqui foi publicado e aproveitar para esclarecer alguns pontos que parecem não estar completamente entendidos.
Ponto 1: O Torneio de Espinho, não foi uma desilusão. Isso viu-se pelas excelentes prestações da maioria dos atletas que melhorou e muito as suas anteriores marcas (excepto 2 que aproximaram-se). Não posso deixar de referir que a natação é uma modalidade fundamentalmente técnica e sabendo que os atletas não andam a treinar durante mais dias por semana, as melhorias devem-se principalmente pela técnica. É claro que os atletas ganharam resistência, é claro que ganharam força, mas sem dúvida todos nadaram muito mais equilibrados e com mais consistência que anteriormente.
Quando se diz que as viragens não são de acordo com as regras, isso só acontece quando há desqualificação. No nosso caso, todos os atletas sabem fazer as viragens abertas (mais conhecidas como simples) e as viragens fechadas (de cambalhota). Os atletas utilizam aquela que são mais eficientes. No caso de alguns atletas nesta prova, tomaram como opção a realização das viragens abertas o que os prejudicou um pouco. Mas essa decisão, serviu essencialmente para uma coisa...perceber que essa não é a melhor opção e que terá que melhorar as suas viragens nos próximos treinos.
Relativamente às partidas, todos os atletas treinam e treinaram as partidas e sabem como as têm que fazer. No nosso caso apenas uma atleta falhou nesse aspecto.
Nunca afirmei e nunca afirmarei que as performances dos meus atletas foram fracas ou piores devido às condições que o Clube tem. As condições são as que temos e são nelas que trabalhamos.
Ponto 2:
As desclassificações foram resultado de falta de concentração dos atletas no momento da prova, porque durante os treinos de preparação para a prova, tais falhas tinham sido corrigidas. De qualquer forma posso admitir que a culpa está do meu lado, sendo eu o Treinador.
Ponto 3:
O comentário sobre a lentidão de alguns atletas acho totalmente injusto, pois sei que os atletas deram o seu melhor nessas provas. Temos que entender uma coisa, cada atleta tem as suas características pessoais; uns têm fibras mais rápidas, outros têm fibras mais lentas; uns têm que nadar de uma forma, outros têm que nadar de outra. Todo o trabalho que tenho desenvolvido é adaptado às condições físicas e mentais de cada atleta e é óbvio que nem todos podem fazer uma prova com potência muscular como o Job ou o João, mas têm outras vantagens como sendo mais resistentes.
Portanto temos que entender que para além destes atletas serem apenas Cadetes, a maioria só tem 8 meses de treino. As aquisições técnicas não se ganham de um momento para o outro e muito menos os níveis de força e resistência.
Há que ser PACIENTE.
Ponto 4:
O artigo do jornal não foi escrito a "quente", foi ponderado e escrevi o que me parecia ser a análise mais real do que se tinha passado, como sempre fiz. Elogiei os resultados indivíduais e critiquei o resultado colectivo (obviamente pelas desclassificações).
Acho absurdo criticar a colocação de videos no Blog. Parece que está a interpretar o video como a forma de os atletas aprenderem a fazer as viragens. Para começar, todas as viragens foram e são ensinadas/aprendidas nos treinos. Inicialmente comigo como exemplo para perceberem o padrão geral do movimento. Depois de todos terem adquirido o padrão geral, treinaram e treinam a correcção dos pormenores. Os videos apenas servem para que os atletas consigam detectar os pormenores que lhes indiquei a corrigir. É apenas uma forma de os atletas reverem aquilo que o treinador lhes indicou.
Ponto 5:
Achei alguma piada ao criticar os "sprints loucos de 15 metros", porque não percebeu o contexto. Elogiei esses momentos, porque sei que no momento em que o atleta o fez, era num momento crítico de fadiga...e que o atleta conseguiu encontrar motivação e "forças" para se superar. É um atleta que entendeu a minha mensagem sobre a diferença entre o bom e o excelente. É claro que os 200m estilos do Job não se encontram neste exemplo.
Ponto 6:
Aos seus comentários finais:
1º: Todos os atletas sabem aquilo que eu achei das suas provas e sabem o quanto eu conto com eles. No treino seguinte à competição, analisei cada prova de cada atleta e elogiei e critiquei cada uma delas.
Todos sabem onde falharam e todos sabem o que fizeram bem.
2º: O Torneio Inter-piscinas, como qualquer Festival de Natação está completamente à parte de qualquer competição de nível regional ou nacional. Simplesmente porque esses Festivais, só contam com sucesso: não há desclassificações, não há provas com viragens ou poucas há e o nível técnico muito baixo (comparativamente com o nível regional de competição), que faz qualquer "habilidoso" destacar-se.
Por isso a comparação é totalmente absurda... os nossos atletas estão a aprender a lidar com situações de sucesso e insucesso, de vitórias e derrotas, de tristezas e alegrias. É por isso que nós "aqui" estamos a formar personalidades fortes, capazes de enfrentar as dificuldades desportivas e as dificuldades que encontrarão ao longo da vida, no seu próprio quotidiano.
Acabado de dizer isto, faz sentido não levar os atletas a competições porque têm falhas técnicas?

Concluindo.
Não nos esqueçamos que estes atletas são Cadetes, a maioria com pouca experiência de competição e com menos de um ano de treino. Um atleta não se constroi num ano, nem em dois...

Anónimo disse...

Boa Noite,

Depois de ler os comentários anteriores posso afirmar que a minha convicção de que os cadetes do Feirense têm um grande treinador (atento, motivador, e com grande classe técnica), fica ainda mais reforçada. Temos que ter presente que estes miúdos estão a começar, como diz o treinador alguns têm apenas meses de preparação. Estes torneios tendo a importância que têm, são apenas isso torneios, e servem para podermos aperfeiçoar o que está bem e reflectir no que é preciso melhorar. Os cadetes estão em formação, e como a palavra diz estão a formar-se, estão a aprender. Ninguém nasce ensinado e estamos a falar de crianças, tenham calma, ainda não é a preparação para jogos olímpicos ou mundiais. Todos queremos grandes resultados mas ninguém os quer mais que os atletas ou o seu treinador.

Quanto aos treinadores de bancada, deixem-se ficar no vosso lugar: a bancada... No entanto as críticas são sempre benvindas, quando muito para lhes podermos responder.

Um abraço e força Treinador e atletas, para a frente é o caminho.

Cumprimentos

C.S.

Anónimo disse...

Caro Professsor,

Depois de ler a sua resposta ao comentário que fiz aqui a semana passada, reitero cada palavra do que disse, fortalecendo ainda mais o que pensava então, salvo uma ligeira alteração à minha apreciação inicial dos "sprints loucos de 15 metros"; Apenas dois atletas seus o praticaram e um sprint foi notoriamente de uma garra extrema e louvável, valendo-lhe um óptimo tempo e classificação, o outro não tinha qualquer sentido... Aqui o meu "louco" foi mal interpretado, pois não pretendia de forma alguma que fosse entendido de forma perjorativa, e por isso me penitencio. Continuo, no entanto, a acreditar que seria mais louvável uma prova que fosse um exemplo de aprendizado (1º. técnica, 2º. resistência e finalmente o resultado) e não de resultados a qualquer custo, e estamos sempre a falar de cadetes. Nunca referi que o professor, que não conheço pessoalemnte, tenha alguma vez formulado queixas acerca das condições do clube, é apenas a minha opinião pessoal quando comparadas com por exemplo, o Lamas (que está +- ou menos na mesma linha), quer a nível de envolvimento social, quer desportivo. Quanto à lentidão, perdoe-me professor, mas é frustrante ver um rapaz de cabeça no ar virado para trás para ver onde estava a parede, numa prova de costas, virar-se, quase dá uma braçada livre, e o resto do percurso é feito "na boa" sem qualquer ambição, e não é certamente um dos que tem cerca de 8 meses de treino, pois esses sim, acredito que evoluíram e muito.
Não aceito que a minha referência aos vídeos no blog seja tomada por si como uma crítica, pelo contrário, pois apenas referi que os mesmos não podem substituir o exemplo dado por quem sabe, mesmo que seja um colega mais velho, sou aliás apologista da interactividade e conhecimento que estes novos meios audiovisuais nos permitem adquirir. Aliás, acho até que algumas aulas de treino federado deveriam ser dadas c/ apoio a esses meios, e como trabalho de casa, por exemplo, no fim de semana que agora está a acabar, que tal dar uma espiada aos Mundiais de Manchester.

Reportando-me ao torneio inter piscinas, que, citando-o "Simplesmente porque esses Festivais, só contam com sucesso....", devo referir que apenas o apresentei como exemplo de uma iniciativa louvável, onde os miúdos mostram o que aprenderamm num ambiente que conhecem, e por isso mais facilitado, mas sobretudo fazendo bem o que TEM de ser feito bem, aliás creio que tem miúdos "habilidosos" que chegaram até si depois de provas como essa, mas NUNCA como possível comparação ao torneio de Espinho.

Como nota final, até porque sendo apenas um amante da modalidade, admiro profundamente o trabalho dos professores com a qualidade que, acredito, o professor tem, e por isso, talvez por ser ainda jovem, acho que devo fazê-lo notar que não entendo a nomeação de atletas, seja na resposta que elaborou neste post, seja na artigo do jornal que originou o meu comentário inicial, e que se não foi elaborado a quente, bem parecia.
Como educador não creio que o devesse ter feito, até porque nem sabemos de quem está a falar e isso pode originar algum desconforto, essencialmente aos miúdos e a quem os conhece, sendo que, e volto a citá-lo "1º: Todos os atletas sabem aquilo que eu achei das suas provas e sabem o quanto eu conto com eles. No treino seguinte à competição, analisei cada prova de cada atleta e elogiei e critiquei cada uma delas.Todos sabem onde falharam e todos sabem o que fizeram bem.". Bastava ter dado os resultados e fazer uma análise geral sem recurso a "exemplos".

Um atleta não nasce atleta, faz-se atleta pela vida fora, e até ao toque final na parede cada milionésimo de segundo é uma possiblidade de aprendizagem, e creio que quem assim pensa estará sempre no bom caminho.

Força Professor, força Atletas, Força Pais e clube.

Um abraço,
A. Correia

André Bastos disse...

Do último comentário aqui publicado, tenho apenas algumas considerações a fazer.
Não entendo como se pode fazer referência a resultados a qualquer custo, quando quem me conhece e conhece o trabalho de desenvolvo, sabe que a minha prioridade é o desenvolvimento técnico. E gostava que alguem me explicasse como é que os atletas obtiveram bons resultados a nadar "técnicamente mal" como referiu. Não é pela resistência ou pela força que todos se destacaram... ou acha que é?
Simplesmente os atletas que tenho como meus aprendizes, têm prioridades técnicas, primeiro corrigem as mais criticas e assim sucessivamente.

Por último, se calhar por ser jovem...talvez pouco experiente, tenha cometido erros ao escrever a noticia como foi escrita?
Não...não cometi nenhum erro e peço desculpa se não entende o objectivo de destacar alguns exemplos em cada prova e não outros, mas treino e formação de atletas não se faz só na piscina e tudo o que por mim é feito, referente à natação Feirense, tem um propósito.
Só acho que temos de ter a noção que se queremos que os atletas sejam melhores, não podemos querer que eles sejam rápidamente os melhores. E se há uma coisa que nunca me irão ver a fazer é criar super-cadetes e super-infantis, para mais tarde vê-los a desistir...tudo é feito com total noção das capacidades dos atletas e com perspectiva de futuro...não vou nunca "queimar" atletas. (Talvez por andar a alguns anos nisto e ter assistido a muitos casos desses)

Se necessitar de exclarecimentos adicionais terei todo o gosto em explicar, desde que ao meu trabalho diga respeito.

Anónimo disse...

Caro Prof.,
Respire fundo, e leia sem preconceito, por favor, tudo o que escrevi antes e mostre-me se assim o entender o que é que eu possa ter dito que lhe cause tanto desconforto.
Ouvir, neste caso ler, é sempre uma grande virtude e acredite que também eu aprendi esta regra , em tempos idos, da forma mais dura possível.
Nunca falei em maus ou bons resultados, apenas desilusão pelo lugar em que o clube ficou, considerando, na minha humilde opinião, que tal facto se deveu essencialmente ao factor técnica, neste caso, a sua falta.
Bem sei que os torneios servem para testar , aprender e testar de novo...
Gostava de ter-me, talvez explicado melhor!!!
Creia que sei também que de todos os atletas, de todos o clubes que lá estavam, se houver um(a) atleta que se destaque no futuro será já uma grande vitória para todos nós.

Bem haja,
A. correia

Anónimo disse...

CARO PROFESSOR,

Fique-se pelo silêncio, o que fica por dizer é o mais importante. A su resposta é e será sempre o seu trabalho e exemplo que dá, de quem já cá anda Há muito tempo, quer como atleta, quer como formador. A sua resposta não tem que ser uma justificação, continue com o seu trabalho. Para um bom entendedor meia palavra basta.

Como sempre cumprimentos ao André e aos atletas.

Elísio Ribeiro